quarta-feira, 18 de março de 2009

SEXO:ANTES DA PROVA ATRAPALHA?



O assunto é polêmico, e cada um tem sua opinião (e performance) sobre o assunto em questão. E pra por mais lenha na fogueira, extraí uma boa materia do site FUTEBOL BAHIANO escrita por RUBEM DÁRIO, sobre pesquisa a rspeito,Tirem suas conclusões, e e´bom lembrar que todo excesso é prejudicial...Abraço a todos.

"O rigor em proibir atletas profissionais de fazer sexo antes de competir não faz mais parte da filosofia da maioria dos treinadores e profissionais ligados a área da saúde no esporte. Os especialistas destacam que se praticado sem “excessos extras” e seguido de repouso, pode até ser benéfico ao rendimento do esportista.

Os “excessos extras”, a que o texto faz referência, são os ingredientes que podem acompanhar o ato sexual, em alguns casos. Noites mal dormidas, consumo de bebidas alcoólicas em excesso, e até mesmo “as novas conquistas”.

“O ato sexual, mesmo praticado na véspera de um evento esportivo não vai fazer com que o atleta perca rendimento. O que prejudica são as ações que podem estar somadas ao ato. Horas sem sono, álcool, enfim excessos que prejudicam o desempenho do esportista independente dele fazer sexo com alguém”, afirma Diogo Araújo, fisiologista do Vitória.

Em alguns clubes de futebol o sexo antes dos jogos é liberado apenas para os casados ou aqueles que têm namoradas. Os solteiros não entram nessa regra porque ao entender dos profissionais desses times, o ritual da conquista pode ser prejudicial e tirar o foco das competições.

O jornalista e ex-técnico, João Saldanha, era um defensor de uma idéia bem parecida. Em entrevista à Revista Playboy, de maio de 1978, afirmou que durante seu período como treinador liberava os atletas para sair a noite, mesmo nos períodos de concentração. A única exigência é que eles não podiam trocar de mulher na mesma semana.

“Quando eu era técnico, os jogadores podiam sair a semana inteira: os casados podiam se encontrar com suas mulheres e os solteiros podiam sair todas as noites e dormir nos motéis da Barra da Tijuca, voltando na manhã seguinte. Porém existia um trato entre nós: não era permitido trocar de mulher na mesma semana. Mulher nova só na outra segunda-feira. É que a renovação sempre traz algum desgaste... e com a minestra de sempre o cara não exagera”, disse João Saldanha à publicação.

O conceito de Saldanha pode parecer uma extravagância, mas tem algum sentido. Segundo especialistas, o ato da conquista sempre acontece acompanhado de “esforços” que podem prejudicar o rendimento do atleta.

“No momento em que uma pessoa quer conquistar outra, na maioria dos casos, ela foca toda sua atenção nesse ato. No caso de um atleta, ele vai deixar de trabalhar dois pontos decisivos para o bom rendimento: a concentração e o controle emocional. Isso sem contar no pouco tempo de repouso, já que em um primeiro contato existe toda uma preocupação em conhecer a outra pessoa e depois, se a conquista for bem sucedida, com o desempenho”, explica a psicóloga Suzy Fleury.

Para os atletas casados, a liberação é consentida por existir uma intimidade entre o casal, que torna a relação mais tranqüila. No caso do maratonista Frank Caldeira, por exemplo, isso é até motivacional.

“Eu acho que pode ter relações sexuais sem nenhum problema. Isso depende de como você foca seu desempenho. Se você souber dividir as coisas, não vai fazer diferença e pode até trazer uma motivação extra. É igual remédio, tem que tomar na dose certa, só não pode exagerar”, afirmou Frank Caldeira em entrevista ao portal Terra.

Mas também existem os casos contrários. Semanas antes do início da Eurocopa 2000, na Bélgica e na Holanda, um dos principais jogadores da Suécia, Fredrik Ljungberg, deu declarações afirmando que o sexo antes de competição prejudicava seu rendimento.

“Já fiz experiências e não deu certo. Depois de fazer amor a bola não me obedece mais. Durante o jogo perco toda sensibilidade. Fico completamente vazio nos pés”, afirmou o jogador, que hoje defende o West Ham, da Inglaterra.

A afirmação de Ljungberg fez com que o técnico da seleção sueca na época, Tommy Soederberg, decretasse total abstinência sexual de seus jogadores durante a competição. A Suécia acabou a Eurocopa 2000 na 14ª posição do quadro geral, eliminada na primeira fase, com um ponto conquistado em três jogos."

quinta-feira, 5 de março de 2009

Correr na Chuva:Faz Mal?


Foi respondendo esta pergunta, mas na afirmativa(correr na chuva faz mal!!!) que minha querida esposa sempre diz quando calço o tênis e o tempo parece que vai nos premiar com uma deliciosa chuva de verão...Foi pensando no assunto que resolvi pesquisar o tema e descobri um interessante post na internet , do Prof de Educação Fisica e treinador de corridas RENATO DUTRA, AUTOR DO BLOG http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada, da qual extraio na íntegra a matéria abaixo que traz interessante pesquisa a respeito do tema. Tirem suas conclusões, eu já tenho a minha: ADORO CORRER NA CHUVA (Parafraseando nosso saudoso AYRTON SENA)

"São Paulo e grande parte do país passaram por um período de chuva nos últimos dias. Em alguns momentos, até com um frio bem intenso. Aquele clima típico da preguiça, daquela vontade de ficar embaixo do cobertor, comendo pipoca, dormindo ou vendo televisão. Eu tenho minha tática para não deixar esse estado de indolência me dominar. Costumo convidar um amigo ou vários para correr comigo. Assim fica mais difícil cabular o treino - para os dois, ou para o grupo se for o caso. Afinal, compromisso é compromisso!

Num desses dias terríveis de chuva torrencial e frio eu quase desisti. Recebi uma ligação quando já me preparava para sair de casa. Era um amigo:

- E aí? Vamos correr mesmo com essa chuva?
- Vamos! - eu disse sem hesitar.

Só que no caminho até o parque fui pensando: "Será que não vou ficar gripado? Será que isso é saudável?" Foi aí que veio a idéia de responder à questão: correr na chuva faz mal? É uma pergunta que muita gente me faz.

No mesmo dia busquei a literatura sobre o assunto. Foram encontrados diversos estudos simulando a situação: exercício intenso no frio e/ou na chuva e/ou no vento. Vou citar duas fontes para que possamos chegar às nossas próprias conclusões.

O que dizem as pesquisas

Em 1999, um grupo de pesquisadores da Universidade de Toronto estudou os efeitos da exposição ao frio, vento e chuva (brrrr!) em um grupo composto por nove homens bem condicionados e com idade média de 24 anos. Entre outros dados, detectou-se um aumento significativo do hormônio cortisol (produzido pela glândula supra-renal e que está envolvido na resposta do organismo ao stress).

Em um outro estudo, este realizado em 2001, por outro grupo de pesquisadores também do Canadá, sete homens sadios e em boas condições físicas (média de 24 anos) foram submetidos à uma sessão longa de exercícios físicos e em seguida ao frio. Os pesquisadores verificaram um aumento da atividade de células de defesa, como linfócitos e monócitos. A conclusão dos especialistas foi a de que, apesar da crença popular sugerindo que fazer exercício no frio e na chuva pode resultar em uma infecção viral, eles não verificaram uma depressão do sistema imune. Pelo contrário, pois a queda da temperatura corpórea resultante da exposição ao frio trouxe um aumento significativo do nível de atividade das células de defesa do sistema imune.

Bom senso para todos

Atenção: esta foi a conclusão dos pesquisadores, não a minha! É preciso lembrar que os indivíduos expostos ao frio e à chuva eram bastante jovens e bem condicionados. Será que todos nós podemos nos submeter à mesma situação e continuarmos bem de saúde? E se acrescentarmos a questão do nível de estresse elevado que a maioria de nós vive? Como meu objetivo neste espaço é divulgar o esporte - corrida e outras práticas - como um caminho para a obtenção de saúde e bem-estar, eu recomendaria correr na chuva e especialmente no frio somente os indivíduos muito bem condicionados e com o sistema imune em ótimas condições. Em dias de chuva, portanto, pessoas debilitadas, com condição física abaixo da ideal devem procurar um lugar fechado para se exercitar.

Correr é bom, mas no frio e na chuva pode ser um risco para você. A propósito, eu tive a sorte de não ficar resfriado!"

Referências bibliográficas:

Immune changes in humans during cold exposure: effects of prior heating and exercise I. K. M. Brenner, J. W. Castellani, C. Gabaree, A. J. Young, J. Zamecnik, R. J. Shephard, and P. N. Shek J Appl Physiol, Aug 1999; 87: 699 - 710.

Intracellular monocyte and serum cytokine expression is modulated by exhausting exercise and cold exposure
Shawn G. Rhind, John W. Castellani, Ingrid K. M. Brenner, Roy J. Shephard, Jiri Zamecnik, Scott J. Montain, Andrew J. Young, and Pang N. Shek
Am J Physiol Regulatory Integrative Comp Physiol, Jul 2001; 281: 66.